segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Carnaval... Que carnaval?

Antes de ser contratada pelo SBT, a jornalista Rachel Sheherazade trabalhava no pequeno Tambaú notícias, da pequena cidade paulista de mesmo nome. Lá a jornalista teve coragem de dizer tudo o que pensa acerca do carnaval. A moça está certa em todos os aspectos, só resta saber se terá a mesma coragem num jornal de maior porte. Independente da moral de Rachel em manter-se fiel às suas convicções ou atender aos interesses da linha editorial do homem do baú, a jornalista traça uma interessante abordagem sobre o "maior espetáculo do planeta" como falsa e irritantemente a Globo anuncia.

À todos aqueles que acreditam que esta festa já foi diversão, meus cumprimentos.


domingo, 5 de fevereiro de 2012

Greve na Rede Estadual de Educação - Já estava mais que na hora!

Dia 6 de fevereiro de 2012, a partir dessa data, os servidores da educação estadual em Goiás estarão em greve. A decisão só veio depois de uma série de golpes que o governador Marconi Perillo e o secretário de educação Thiago Peixoto desferiram na categoria.

Há muito tempo o Sintego tenta ganhar na justiça o direito constitucional do piso salarial para professores. Infelizmente o estado democrático de direito vê a possibilidade de não processar o governador nem enquadrá-lo a pagar aquilo que está deferido por lei, e somente por uma medida federal que envolvia o bloqueio do repasse de verbas da união ao estado, foi cobrado efetivamente do governador o pagamento do piso. Com as costas contra a parede, o governo de Goiás estudou direitinho como pagar o piso usando o mesmo montante que pagara aos professores. O senhor secretário Thiago Peixoto não teve qualquer trabalho, já que seu ofício deveras é a economia, não a educação. Então, na última sessão de 2011, sem qualquer diálogo com a categoria, o governo estadual achatou a carreira e retirou a gratificação de titularidade dos professores, causando prejuízos irreparáveis que, no caso dos professores com nível superior e que tinham 30% de gratificação de titularidade, ultrapassam R$ 11 mil por ano.Também no início desse ano os funcionários administrativos também tiveram a carreira achatada, quando o governo reajustou o salário mínimo estadual, mas não repassou o reajuste para toda a categoria e até agora não garantiu a data-base.

O governo de Goiás prova que nã trabalha por uma educação pública e de qualidade, seguindo a cartilha neo-liberal do PSDB que enfraquece o poder público para o desenvolvimento do setor privado.

O problema dessa greve é que ela demorou a acontecer. Não estou de maneira alguma a dizer que não participarei dela. Acredito na causa operária e no poder de uma greve; porém o SINTEGO não previu o risco de uma mobilização ser feita tardiamente. Depois de o governador recusar-se a pagar o piso mês após mês, o sindicato deveria ter mobilizado o comando de greve já na assembleia de outubro. Pressionado, o governo poderia ter lançado uma proposta à categoria. O "diálogo" que o sindicato e o governo alegam ter feito durante esses meses só atesta o óbvio. Não existe diálogo entre governo e entidade sindical. O governo age com linha dura, mas infelizmente os trabalhadores não sabem se impor. A política do diálogo soa mais como ganha tempo, tempo este que os trabalhadores não tem.

Hoje o cenário é ainda favorável à greve, mas de maneira muito difícil. primeiro porque parte da categoria está dividida. Enquanto boa parte luta para que tenham seus direitos quanto ao plano de carreira de volta, boa parte dos professores que ainda não têm a formação adequada se sentem confortáveis com o pagamento do piso e não se envolverão com o mesmo ardor à greve quanto seus colegas lesados no plano de carreira. Segundo porque do popnto de vista jurídico, o estado de Goiás está pagando o piso salarial, única exigência da União, e o plano de carreira pode ser alterado livremente pelo governo.


Por outro lado, os trabalhadores da educação devem sim lutar. Não podemos aceitar que o governo torne ainda mais complicada a vida no magistério. Ainda que tardia, a greve vale a pena.

Logo acima estão aqueles que se declararam totalmente contra uma educação pública de qualidade em Goiás. Esses senhores são inimigos do desenvolvimento humanístico, tecnológico e científico em Goiás. Espero que seus rostos e nomes não sejam esquecidos tão logo.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012