Os malefícios da dublagem
by Pablo Villaça 30. agosto
2011 03:36
(Update: Quando estou
errado, estou errado. Não há como discutir. Depois de algumas horas desde a
publicação deste post, percebi que a principal objeção feita a ele pelos poucos
que discordam diz respeito não aos argumentos que apresentei, mas ao tom que empreguei.
Classificar como "medíocres", "ignorantes", etc, aqueles
que gostam de dublagem acabou afastando pessoas que, de outra maneira, poderiam
avaliar os argumentos pelo que são, não pela raiva pontual com que os defendi.
E querem saber? Estas pessoas estão corretas. Meu tom agressivo em nada ajuda
os pontos que estou tentando estabelecer, além de ser desnecessário e, em
última análise, infantil. Assim sendo, desculpo-me pela adjetivação excessiva e
pelas hipérboles atiradas aqui e ali e peço que se concentrem nos argumentos,
não na intolerância e radicalismo que exibi em determinados pontos.)
Na última sexta-feira, O
Planeta dos Macacos: A Origem chegou aos cinemas brasileiros com um anúncio
preocupante feito pela Fox: o filme seria lançado com mais cópias dubladas do
que legendadas em nossas salas. Reparem que estamos falando de um longa com
classificação indicativa "12 anos" e que, portanto, esta decisão nada
tem a ver com o conceito de torná-lo "acessível" aos espectadores
mais jovens. Não, a ideia era atender a um público adulto que rechaça legendas
- não por problemas físicos (falarei disto adiante), mas por simples preguiça
de ler. Sim, os defensores da dublagem usam argumentos dos mais diversos (que
contestarei abaixo), mas, no fundo, a questão é uma só: preferem a comodidade
de assistir a um filme que não os obrigue a praticar o que aprenderam na
alfabetização. Afinal, se já fugiram das bibliotecas, por que deveriam ser
encurralados por letras nas salas de cinema?
Obviamente que os
dublófilos não assumem isto, mas, pessoalmente, jamais encontrei alguém que
tivesse o hábito da leitura e reclamasse de legendas. Assim, perceber que são
estes espectadores medíocres e preguiçosos que estão sendo levados em
consideração pelas distribuidoras, passando a moldar a experiência
cinematográfica de todos aqueles que de fato amam esta Arte, é algo que me
revolta absurdamente. Especialmente quando observo que, em sua defesa,
apresentam os mais estapafúrdios argumentos - e antes de explicar por que a
dublagem é nociva aos filmes, irei me deter nas "defesas"
apresentadas por este contingente pró-mutilação.
1) E quem não sabe ler? Não
tem direito de ir ao cinema?
Além de estúpido, este
é um argumento repleto de cinismo,
usando a população analfabeta do país como desculpa para defender sua própria
preguiça de ler. Aqui a questão é simples: seja por questões culturais, sociais
ou simplesmente econômicas (quem não sabe ler geralmente não tem o melhor dos
salários), arrisco-me a dizer que menos de 0,01% daqueles que vão às salas de
cinema são analfabetos. Justificar a necessidade de dublagem em filmes exibidos
nas telonas através do argumento da "acessibilidade" é uma besteira -
e mesmo que um grupo significativo de iletrados tivesse o hábito de conferir os
lançamentos da semana, isto não justificaria a desproporcionalidade crescente
entre cópias dubladas e legendadas.
O fato é que pessoas sem
educação formal têm acesso aos filmes normalmente pela TV aberta - onde 100%
das produções são dubladas. Assim, é justo dizer que esta parcela da população
já está sendo mais do que atendida - especialmente considerando que
praticamente todos os lançamentos em DVD já vêm com a opção da dublagem (e a
palavra-chave aqui é "opção"). Considerando que estas são as formas
economicamente mais acessíveis de se assistir a filmes de todas as épocas,
gêneros e países, é incontestável que a população analfabeta (seja este
analfabetismo real ou funcional) não está sendo excluída do acesso à Sétima
Arte - e eu, como amante do Cinema, jamais defenderia que isto ocorresse.
2) E os deficientes
visuais? Não podem ir ao cinema?
Claro que podem. Mas,
novamente, não creio ser justo que uma minoria absoluta seja responsável por
moldar a maneira com que a maioria irá experimentar os filmes. Além disso, há
duas questões complexas relacionadas ao tema: em primeiro lugar, há o fato
óbvio de que Cinema é uma mídia visual. Há ótimos projetos de áudio-descrição
em vigor, mas estes envolvem salas específicas em sessões específicas -
exatamente como deveriam ser. Sim, ainda têm pouco alcance, apoio e divulgação,
mas a saída não é a dublagem - ao contrário, já que esta não resolve a questão
fundamental de explicar ao espectador cego o que está ocorrendo na tela. Neste
sentido, aliás, a simples dublagem é um obstáculo para os deficientes visuais,
já que as distribuidoras podem alegar que já atendem a esta comunidade através
do áudio em português, deixando de investir na produção de trilhas de
áudio-descrição.
Há, também, o fato de que a
experiência de ir ao Cinema é única justamente em função do mergulho sensorial
oferecido pela sala - e, neste, o mais importante reside justamente no tamanho
da tela e da imagem. Ora, para o deficiente visual, este é um fator nulo por
definição, o que torna curiosa a insistência daqueles que os usam como desculpa
para a dublagem. Por outro lado, os mesmos que defendem ferrenhamente o acesso
dos deficientes visuais acabam ignorando sem dó alguma uma outra parcela
importante da população: os deficientes auditivos. Na última semana, não por coincidência,
recebemos email de uma leitora surda que reclamava justamente da oferta cada
vez menor de cópias legendadas que permitiam sua ida às salas de exibição -
sendo que, pela própria natureza do Cinema, faz infinitamente mais sentido
facilitar o acesso dos deficientes auditivos aos filmes em tela grande do que o
dos deficientes visuais. Sim, seria ótimo se todos pudessem ser atendidos -
mas, repito, a solução para os deficientes visuais reside não na dublagem, mas
na audio-descrição.
3) Pobrezinhos dos
dubladores! Você quer tomar o ganha-pão da categoria? Além disso, temos os
melhores dubladores do mundo!
Jamais questionei a
competência de nossos dubladores - ao contrário: em várias ocasiões, afirmei
que temos, sim, alguns dos melhores profissionais do ramo. Além disso, em
vários textos elogiei os trabalhos de figuras como Guilherme Briggs e Garcia
Junior, chegando até mesmo a publicar um texto defendendo a reserva de mercado
para os profissionais do ramo, que vêm perdendo papéis para "celebridades"
de maneira vergonhosa. Porém, por mais que reconheça o talento destes
profissionais, há algo que, por melhor que sejam, eles jamais conseguirão
contornar: o fato de que a dublagem, por natureza, distorce, deforma e
prejudica a obra de arte original - especialmente tratando-se de longas
envolvendo atores de carne-e-osso (explicarei as razões a seguir).
Além disso, não se
preocupem com os dubladores: o que não falta a eles é trabalho. Séries de tevê,
animações (para cinema e televisão) e praticamente todas as produções lançadas
em home video contam com suas versões dubladas - e jamais me coloquei contra a
opção de que estas trilhas em português façam parte dos discos. Aliás, o que
ocorre é justamente o contrário: como um número cada vez maior de projetos vem
recebendo versões dubladas, o que ocorre é uma verdadeira enxurrada de
trabalhos, obrigando os estúdios de dublagem a se desdobrarem para atender a
demanda - o que resulta em uma qualidade cada vez mais duvidosa das trilhas em
português.
Aliás, aproveito para
reafirmar o cinismo daqueles que defendem a dublagem usando a desculpa do
"mercado de trabalho dos dubladores": por que não se manifestam com
relação aos salários dos professores? Ou dos médicos da rede pública? Ou dos
garis? Vocês realmente acham que convencem alguém com este falso altruísmo?
Menos hipocrisia, por favor.
4) As legendas
"atrapalham" o filme.
Deixei este
"argumento" por último por considerá-lo o mais estúpido de todos. Em
primeiro lugar, o óbvio: então as legendas atrapalham a apreciação do filme,
mas ouvir uma voz completamente diferente da original e em absoluta falta de
sincronia com os movimentos labiais é algo que não incomoda? Mesmo? Há quem
realmente seja capaz de alegar que a legenda seja uma distração maior do que a
dublagem, do que ouvir, sei lá, o Bruce Willis falando com sotaque paulista e
dizendo "Pombas!"?
Sinceramente, eu poderia
encerrar por aqui, mas irei além: só se atrapalha com a legenda quem não tem o
hábito da leitura. (Antes que alguém cite os deficientes visuais: ler item 2.)
Meu filho Luca, que tem apenas oito anos de idade, já vem assistindo a filmes
legendados há pelo menos um ano - e com cada vez mais naturalidade e
facilidade. Assistiu a Harry Potter 7.2 nada menos do que quatro vezes nos
cinemas e, em todas as ocasiões, em sua versão legendada - por opção. Também
conferiu desta maneira O Planeta dos Macacos e uma infinidade de outros títulos
em DVD e blu-ray - de Quanto Mais Quente Melhor a Banzé no Oeste, passando por
Assassinato por Morte, Star Trek e a série Alien. E riu, sentiu medo e
aproveitou cada filme ao máximo, sem se importar com as legendas.
Aos oito anos de idade.
Ora, sou um pai coruja como
qualquer outro, mas jamais me atreveria a dizer que Luca tem superpoderes que o
tornam mais apto a ler legendas do que espectadores com 15, 20, 30 ou 40 anos
de idade.
O mesmo vale para mim: não
apenas leio as legendas como faço anotações durante os filmes - e qualquer um
que leia meus textos será obrigado a reconhecer que, concordando ou não com o
que escrevi, sou suficientemente capaz de absorver o que está na tela a ponto
de citar exemplos específicos de movimentos de câmera, cortes, detalhes de
fotografia, gestos de atores e assim por diante. E, sim, leio as legendas mesmo
quando domino a língua original (se estiver assistindo a um filme brasileiro
com legendas em português, não consigo evitar acompanhá-las).
Assim, quando ouço/leio
alguém dizer que as legendas "atrapalham" a compreensão do filme ou a
plena "apreciação das imagens", imediatamente faço uma anotação
mental e coloco a pessoa na prateleira daquelas que simplesmente não têm o
hábito da leitura e que, por preguiça intelectual, querem obrigar todo o resto
da população a abandonar as letras. Quer defender a dublagem? Ao menos use uma
desculpa que não denuncie algo triste sobre seus hábitos culturais.
Repito: oito anos de idade.
No entanto, não sou
simplesmente contra a dublagem; sou também entusiasmadamente a favor da
manutenção da língua original nas produções de cada país. E por algumas razões
fundamentais:
1) A qualidade técnica:
Faça um teste: ao assistir
a um filme dublado que traga parte do áudio original (numa canção ou através de
personagens que conversam numa língua diferente daquela usada pelo
protagonista), feche os olhos e preste atenção no som. Percebeu a diferença?
Claro que sim. Aliás, você teria percebido mesmo ao manter os olhos abertos, já
que a disparidade é gigante.
Isto se deve a uma questão
técnica tão importante para o Cinema que a Academia criou uma categoria
especial para premiá-la no Oscar: a da mixagem de som (ou Melhor Som).
Cada filme envolve, em sua
pós-produção, um trabalho árduo e extremamente detalhista de combinação das
diversas trilhas que trazem os vários elementos sonoros da produção: os
diálogos, os ruídos, as trilhas incidentais e instrumentais e até mesmo o som
ambiente, do silêncio, de cada set. Esta mixagem requer um estudo delicadissimo
do nível preciso de cada faixa em cada segundo de projeção - um trabalho que,
nas versões dubladas, tem seu equilíbrio arruinado quando os estúdios
brasileiros atiram uma destas faixas fora para substituí-la pela versão em
português.
Não acredita? Então coloque
um DVD no seu player e repasse cenas inteiras em suas versões originais e
brasileiras; se não perceber a diferença gritante da mixagem em cada uma delas,
consulte urgentemente um otorrino.
2) A suspensão da
descrença:
Já é suficientemente
difícil, para o espectador, aceitar Ryan Reynolds como um patrulheiro espacial
que, graças a um anel presenteado por um alienígena moribundo, torna-se capaz
de viajar pelo universo e de criar objetos a partir de energia verde enquanto
veste um collant digital. No entanto, somos capazes de comprar estes absurdos
na maior parte do tempo graças a um contrato psicológico que firmamos com cada
filme: o da suspensão da descrença. Basicamente, nos dispomos a aceitar os
absurdos atirados em nossa direção a fim de que sejamos capazes de mergulhar na
história - mas pedimos, em troca, que as produções mantenham seus artifícios
intactos para que nada nos traga de volta à realidade durante a experiência.
E é por isso, por exemplo,
que somos imediatamente atirados para fora da narrativa quando vemos o boom
(microfone) no alto da tela, já que este é o equivalente de receber um tapa no
rosto e ouvir um grito de "Isto é só um filme, idiota!". (A
propósito: em 99% das vezes que isto acontece, o erro é do projecionista;
reclame com o gerente da sala para que a janela de projeção seja ajustada
corretamente e o boom fique fora de quadro.)
Agora imaginem ouvir Bill
Murray abrindo a boca apenas para ouvirmos a voz de Wesley Snipes. Que é a
mesma de Will Smith. Que é idêntica à de Kevin Spacey. Que também sai da
garganta de Samuel L. Jackson. Que a divide com Danny Glover, Alfred Molina, Ed
Harris e Denzel Washington. (No caso, todos dublados por Márcio Simões.) Ou o
que dizer da experiência de ouvir Bruce Willis se comunicando com a mesma voz
durante anos apenas para, subitamente, descobri-lo com um som completamente
diferente a partir de 2006, quando seu dublador oficial (Newton da Matta)
faleceu?
Mais: confesso ter mais
facilidade em aceitar Schwarzenegger matando 270 pessoas com um único tiro do
que ouvi-lo soltando um "Seu filho da mãe!", um "Ora,
bolas!" ou mesmo um "Mermão" carioquíssimo enquanto pratica seu
genocídio particular. Isto para não mencionar o fato óbvio de que as palavras
que saem de sua boca são completamente destoantes de seus movimentos labiais,
ressaltando de maneira inegável a irrealidade do que está ocorrendo na tela.
Aliás, este é um "detalhe" (e coloco entre aspas por ser tudo, menos
um "detalhe") tão importante que os animadores dedicam centenas de
horas de trabalho cuidadoso à ilustração de cada fonema empregado pelos
dubladores de seus personagens - justamente para que, mesmo acompanhando as
aventuras de um panda ninja, não questionemos por que seus lábios não seguem os
sons emitidos por sua boca.
E a dublagem em outra
língua diferente da original simplesmente mata este esforço e dificulta
exponencialmente a tão importante suspensão da descrença.
3) O trabalho do ator:
Atuar é criar um
personagem. Isto envolve um profundo trabalho de composição e estudo envolvendo
meses de pesquisas, ensaios, laboratórios e tentativas para que o intérprete
descubra não só a psicologia de seu personagem, mas também a maneira com que
este se move, gesticula e... fala. Ouçam, por exemplo, o registro rígido, duro,
da voz de Meryl Streep em Dúvida e comparem-no à leveza de sua expressão vocal
em Mamma Mia! ou ao pedantismo escutado em O Diabo Veste Prada. Tentem
dissociar o professor Snape da dicção venenosa, estudada, calculada, empregada
por Alan Rickman na série Harry Potter. Percebam como Sean Penn, em Milk, exibe
uma afetação milimetricamente estudada em seus diálogos, ocultando-a quando seu
personagem quer passar uma imagem mais séria para a mídia e o eleitorado.
Assista ao clímax de Coração Satânico e tente ignorar a rouquidão desesperada
de Mickey Rourke.
Agora ouça as versões
dubladas e perceba a disparidade provocada pela diferença entre os meses
dedicados pelos atores originais aos seus personagens e as poucas horas (se
muito!) que os dubladores brasileiros tiveram para gravar seus diálogos.
Se ainda assim você
mantiver que a dublagem não deturpa a obra, então não precisa de um otorrino,
mas de um psiquiatra.
Aceitar a dublagem é
aceitar pegar todo o trabalho de composição de um ator, selecionar uma parte
fundamental deste e atirá-la fora, substituindo-a por um elemento criado sem
estudo, sem cuidado e com pressa. É dizer que não há problema em se alterar as
cores de Lição de Anatomia, de Rembrandt, ou de O Grito, de Munch, desde que os
"desenhos" sejam mantidos na íntegra. Ora, nenhuma forma de arte
seria submetida a uma deturpação destas - e perceber que algo assim é visto com
naturalidade no Cinema é uma prova inconteste da persistente falta de prestígio
e respeito que a Sétima Arte enfrenta desde seus primórdios.
É por esta razão, também, que
considero as dublagens de animações como algo um pouco mais fácil de aceitar:
afinal, ali estamos substituindo todo o trabalho de um ator pelo de outro. Sim,
na maior parte das vezes o cuidado na composição não é o mesmo (Luciano Huck
gravou todo o seu péssimo trabalho em Enrolados em apenas 4 ou 5 horas), mas ao
menos não temos um resultado digno do monstro de Frankenstein. (Sim, ainda há a
questão dos movimentos labiais, mas considerando toda a artificialidade da
própria técnica, que foge do realismo, é um problema menor.) Já aceitar a
dublagem em produções com atores de carne-e-osso (live action) é, por todas as
razões descritas acima, algo que considero inadmissível em alguém que realmente
ama Cinema.
E aí mantenho o que já
escrevi neste blog e no twitter tantas vezes: você pode até gostar de ver
filmes, mas se defende a dublagem - sinto muito -, não pode afirmar que ama a
Sétima Arte. Uma coisa é precisar do áudio alternativo (como no caso de
crianças pequenas ou de indivíduos com problemas visuais); outra é dizer que o
prefere. Se prefere, má notícia: você não apenas não ama o Cinema como ainda o
prejudica.
Ir ao cinema para ver um
filme em tela grande é um gesto de amor ao Cinema. E perceber que as
distribuidoras brasileiras querem afastar este público das salas é algo
deprimente - e pior: contando, em seu crime contra a Sétima Arte, com a
complacência do público. A ideia é simples: "lancemos muitas cópias
dubladas; eles podem até não gostar, mas pagarão o ingresso assim mesmo".
A saída? Quando a cópia for dublada, boicote o filme. Busque a versão legendada
ou espere pelo DVD/Blu-ray. Acredite: conferir a cópia dublada é o mesmo que
comer carne estragada apenas para dizer que foi a um churrasco.
Diga "não" à
dublagem nos cinemas. A Sétima Arte merece seu apoio.
A maioria das pessoas pedem por filmes dublados, e não vêem o quanto um filme legendado é muito melhor.Eles não perdem sua qualidade de som, os efeitos, o jeito como os atores falam dando mais vida aos personagem.
ResponderExcluirOlha só a diferença dessa cena de Batman o Cavaleiro das Trevas dublado, da original em inglês.
http://www.youtube.com/watch?v=JUVuBhCrlzI